Caso "Bicudo"
Começa a tornar-se um verdadeiro caso "bicudo" a escolha do candidato à presidência da Republica que será apoiado pelo Partido Socialista. Primeiro falou-se em António Guterres, que nunca o assumiu verdadeiramente, diga-se em abono da verdade que seria o candidato lógico, mas ao assumir as últimas responsabilidades nas Nações Unidas, e com as previsiveis pretensões a ocupar o posto de Secretário Geral das Nações Unidas, as eleições presidenciais portuguesas passaram para terceiro plano. Também o eterno candidato do Partido Socialista, António Vitorino, já veio à "praça" dizer que essa suposta candidatura não faz parte dos seus horizontes políticos mais próximos, ainda mais quando agora preside ao forum Novas Fronteiras. Aliás teria agora algumas dificuldades em explicar a sua recusa em relação a um lugar no executivo governativo, mas por vezes as surpresas podem acontecer, mas não parece ser o caso. Outro dos nomes em tempos falado como possível nome a apoiar foi o de Freitas do Amaral, que nunca escondeu o seu desejo em ser Presidente da Republica, mas em virtude da sua participação no governo, essa virtualidade parece-me um pouco complicada. A última tentativa em encontrar um nome, e que me parecia desde logo condenada ao fracasso, foi a de Manuel Alegre, que já veio a público manifestar a sua indisponibilidade para tal candidatura. Resumindo o PS não consegue encontrar um candidato que possa ser ganhador das próximas eleições, mas mais grave ainda é que nem sequer consegue encontrar uma personalidade que aceite ser candidato. Talvez o que esteja aqui em causa seja o medo de enfrentar uma candidatura encabeçada por Cavaco Silva, arriscando-me a dizer que dentro do PSD, o próprio PS encontraria muitos interessados em encabeçar tal candidatura, aí candidatos não faltam. Tal como em tempos defendi e continuo a defender, um bom nome para concorrer com o apoio do PS seria sem duvida o nome já referido de Freitas do Amaral, claramente uma figura de Estado, capaz de ir buscar votos tanto à esquerda como à direita. Com uma capacidade política e experiência politico - governativa que poucos terão, uma personalidade isenta, e com enorme prestigio no estrangeiro, seria acima de tudo uma escolha pelo mérito e pela capacidade. Mas infelizmente esta escolha ficou de certa forma impossibilitada com a ida para governo, julgo no entanto ainda ser possível promover algumas alterações de forma a que Freitas do Amaral seja o candidato apoiado pelo Partido
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